sábado, 21 de novembro de 2009

Amanhecer – Prólogo



EU JÁ TIVERA MAIS DO QUE UMA QUOTA JUSTA DE EXPERIÊNCIAS DE quase morte; isso não é algo com que você se acostume.
Mas parecia estranhamente inevitável enfrentar a morte outra vez. Como se eu estivesse mesmo marcada para o desastre. Eu havia escapado repetidas vezes, mas ela continuava me rondando.
Ainda assim, dessa vez foi diferente.
Pode-se correr de alguém de quem se tenha medo; pode-se tentar lutar com alguém que se odeie. Todas as minhas reações eram preparadas para aqueles tipos de assassinos - os monstros, os inimigos.
Mas quando se ama aquele que vai matá-la, não restam alternativas. Como se pode correr, como se pode lutar, quando essa atitude magoaria o amado? Se sua vida é tudo o que você tem para dar ao amado, como não dá-la?
Quando ele é alguém que você ama de verdade.

Eclipse – Prólogo



TODOS OS SUBTERFÚGIOS QUE TENTAMOS FORAM EM VÃO.
Com gelo no coração, eu o vi se preparar para me defender. Sua intensa concentração não demonstrava sinal algum de dúvida, embora eles estivessem em maior número. Eu sabia que não podíamos esperar qualquer ajuda – naquele momento, era certo que a família dele lutava pela própria vida assim como ele lutava pela nossa.
Será que um dia eu saberia o resultado desse outro combate? Descobriria quem haviam sido os vencedores e os perdedores? Eu viveria tempo suficiente para isso?
As probabilidades não eram muito boas.
Olhos negros, selvagens com o desejo feroz por minha morte, esperavam o momento em que meu protetor estivesse distraído. O momento em que eu certamente morreria.
Em algum lugar, longe muito longe na floresta fria, um lobo uivou.

Lua Nova – PRÓLOGO


PARECIA QUE EU ESTAVA PRESA EM UM DAQUELES PESADELOS apavorantes em que você precisa correr, correr até os pulmões explodirem, mas não consegue fazer com que seu corpo se mexa com rapidez suficiente. Minhas pernas pareciam se mover com uma lentidão cada vez maior à medida que eu lutava para atravessar a multidão insensível, mas os ponteiros do enorme relógio da torre não eram lentos. Com uma força implacável, eles se aproximavam inexoravelmente do fim – do fim de tudo.
Mas isso não era um sonho, e, ao contrário do pesadelo, eu não estava correndo para salvar a minha vida; eu corria para salvar algo infinitamente mais precioso. Hoje minha própria vida pouco significava para mim.
Alice dissera que havia uma boa possibilidade de que morrêssemos ali. Talvez fosse diferente se ela não estivesse na armadilha que era a luz do sol intensa; só eu estava livre para correr por aquela praça cintilante e abarrotada.
E eu não conseguia correr com rapidez suficiente.
Então não me importava que estivéssemos cercados de inimigos extraordinariamente perigosos. À medida que o relógio começava a soar a hora, vibrando sob a sola de meus pés lentos, eu sabia que era tarde demais para mim -e fiquei feliz que alguma coisa sedenta de sangue esperasse nos bastidores. Pois, falhando nisso, eu perderia qualquer desejo de viver.
O relógio soou novamente e o sol incidia exatamente do meio do céu.

Crepúsculo - PRÓLOGO


NUNCA PENSEI MUITO EM COMO MORRERIA – EMBORA NOS ÚLTIMOS meses tivesse motivos suficientes para isso -, mas, mesmo que tivesse pensando, não teria imaginado que seria assim.

Olhei fixamente, sem respirar, através do grande salão, dentro dos olhos escuros do caçador, e ele retribuiu satisfeito o meu olhar.

Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, de alguém que eu amava. Nobre, até. Isso devia contar para alguma coisa.

Eu sabia que, se nunca tivesse ido a Forks, agora não estaria diante da morte. Mas, embora estivesse apavorada, não conseguia me arrepender da decisão. Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim.

O caçador sorriu de um jeito simpático enquanto avançava para me matar.

domingo, 15 de novembro de 2009

Amizade♥


"Amigos são anjos que nos deixam em pé quando nossas asas têm problemas em se lembrar como voar..."

*-*Os laços de amizade são mais estreitos dos que os de sangue e da família.

*-*A amizade é o ingrediente mais importante na receita da vida.


Foto:Ingra; Suu; Vanne



Crônica do Amor



Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Graaaaande Arnaldo Jabor (eu adoro ele).

Caráter X Reputação


As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é... A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora... A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira... A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz... A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus.
Arnaldo Jabor

Entrevista com a Jornalista Rosane Marchetti


Rosane Marchetti nasceu em 1961, tem 48 anos, gaúcha de Nova Prata – RS veio para Porto Alegre primeiro para estudar sociologia, mas depois foi para a PUC estudar jornalismo, fez um curso intensivo de inglês nos Estados Unidos em Nova York. Rosane começou como repórter do núcleo da Globo no RS . Tem uma história de mais de 20 anos no jornalismo onde fez reportagens, produziu, editou, foi repórter de rua bateu fotos... É uma jornalista e apresentadora de televisão brasileira, no momento Atua na RBS TV, afiliada da REDE GLOBO em Porto Alegre, no RS, onde é editora e âncora do Jornal do Almoço. Além disso, faz reportagens para o Jornal Nacional e Globo Repórter, da Rede Globo.

1. Quando estava na faculdade ou no Ensino Médio como você era: da turma da bagunça do fundão ou era menina mais quieta estilo "CDF"?

Eu era da turma do fundão. Adorava brincar, bagunçar, mas o que me "segurava" eram alguns professores especialmente os de português e história. Eu adorava as duas matérias.

2. Quando você decidiu que queria ser jornalista, era um sonho ou decidiu fazer porque achava o curso interessante? E se não fosse jornalismo o que você gostaria de fazer?

Uma vez foi um sonho. Eu era bem pequena e tinha uma noval que não lembro o nome. Uma personagem era jornalista e tinha um SP2...um carro que hoje é só de colecionador. Lembro que na época eu pensei e quis ser depois passou e só muito mais tarde, adulta eu me decidi.

Bom, se não fosse jornalista e tivesse dom seria escritora, fazer poesia, queria pintar telas e ter um jardim enorme pra cuidar.

3. Depois de formada, você já saiu da faculdade trabalhando, ou demorou a achar emprego na área do jornalismo?

Já saí trabalhando. No meio do curso fiz um teste na TV Pampa. Me chamaram no mesmo dia e no outro já estava trabalhando na rua como repórter.

4. A maioria das pessoas pensam que todo jornalista não tem vergonha de falar em público . Você se acha uma pessoa desinibida ou é tímida?

Sou muito tímida. Penso sempre assim: eu não sou artista. Não sou celebridade. Eu sou jornalista e assim tento me comportar. Gosto de ir a lugares onde não chamo a atenção.

5. Antes de ir para a televisão você trabalhou em algum rádio ou jornal pequeno?
Ou sempre trabalhou na televisão?

Trabalhei no ECO DO VALE, um jornal de Bento Gonçalves, foi durante umas férias de verão eu fazia uma página com notícias da região, batia fotos, fazia texto, vendia comercial, mandava até a forma como diagramar.

6.O que tu achou da decisão do STF, jornalista tem que ou não ter seu diploma? E tu achas que ele vai voltar que é só uma questão de tempo?

Acho que jornalista tem que ter formação. Isso significa estudo. Saber história. Saber atualidade. Saber o que acontece no mundo. Ter noção que ser JORNALISTA não é ser ARTISTA, jornalista tem a missão de "contar" as histórias do mundo real ter compromisso com elas e suas verdades e assim de alguma forma ajudar no processo de mudança. Se precisa diploma pra isso? Boa pergunta. Agora de uma coisa eu tenho certeza: a gente só sabe história estudando história, lendo história...

7. Em relação ao mercado de trabalho, está muito concorrido ou tem lugar para todo mundo?

Concorrência da forma como temos hoje em dia, acho que está com os dias contados. A forma de distribuir a comunicação se ampliou e muito. Hoje é possível se comunicar de qualquer lugar do mundo e de muitas maneiras. A gente usa MSN , mensagens, celular, twitter etc e etc... Acho que o jornalista tem que estar ligado nisso. Se preparar para quem sabe essas formas que experimentamos agora não sejam o futuro? Hoje em dia já há, por exemplo, uma preocupação e estudos para definir como esse tipo de informação pode ser comercializado cada vez mais.

8. Como, ou o que tu fez para chegar onde está agora sendo editora e âncora do Jornal do Almoço. Tu passaste por muitas dificuldades?


Comecei como repórter e ainda sou repórter (do núcleo da Globo no RS) . Tenho uma história de mais de 20 anos no jornalismo onde fiz reportagens, produzi, editei, substitui e acabei na ancoragem de um dos programas mais importantes da empresa que trabalho. Acho que o segredo de tudo é a dedicação. Descobrir o que a gente faz de melhor e apostar nisso se preparar para isso (isso significa estudo, leitura, conquista de fontes).


9. Que conselho ou incentivo você daria a todos os jornalistas que estão na faculdade e para minha turma que ainda está no 1° semestre.


Sejam incansáveis. Nunca se acostumem a nada. É como, por exemplo, passar todos os dias pela mesma rua, mas sempre perceber algo que nunca tenha visto.

Desconfie sempre. Informação bem dada é informação checada!

Leia, leia e leia... Muito... Sobre tudo mesmo sobre assuntos que aparentemente não servem pra nada.



Suelen Defaveri